Pontos de vista
João Anzanello Carrascoza (novaescola@atleitor.com.br)

Ilustração: Biry
Os sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português quando estourou a discussão.
– Esta história já começou com um erro – disse a Vírgula.
– Ora, por quê? – perguntou o Ponto de Interrogação.
– Deveriam me colocar antes da palavra “quando” – respondeu a Vírgula.
– Concordo! – disse o Ponto de Exclamação. – O certo seria: “Os sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português, quando estourou a discussão”.
– Viram como eu sou importante? – disse a Vírgula.
– E eu também – comentou o Travessão. – Eu logo apareci para o leitor saber que você estava falando.
– E nós? – protestaram as Aspas. – Somos tão importantes quanto vocês. Tanto que, para chamar a atenção, já nos puseram duas vezes neste diálogo.
– O mesmo digo eu – comentou o Dois Pontos. – Apareço sempre antes das Aspas e do Travessão.
– Estamos todos a serviço da boa escrita! – disse o Ponto de Exclamação. – Nossa missão é dar clareza aos textos. Se não nos colocarem corretamente, vira uma confusão
como agora!
– Às vezes podemos alterar todo o sentido de uma frase – disseram as Reticências. – Ou dar margem para outras interpretações...
– É verdade – disse o Ponto. – Uma pontuação errada muda tudo.
– Se eu aparecer depois da frase “a guerra começou” – disse o Ponto de Interrogação – é apenas uma pergunta, certo?
– Mas se eu aparecer no seu lugar – disse o Ponto de Exclamação – é uma certeza: “A guerra começou!”
– Olha nós aí de novo – disseram as Aspas.
– Pois eu estou presente desde o comecinho – disse o Travessão.
– Tem hora em que, para evitar conflitos, não basta um Ponto, nem uma Vírgula, é preciso os dois – disse o Ponto e Vírgula. – E aí entro eu.
– O melhor mesmo é nos chamarem para trazer paz – disse a Vírgula.
– Então, que nos usem direito! – disse o Ponto Final. E pôs fim à discussão.
– Esta história já começou com um erro – disse a Vírgula.
– Ora, por quê? – perguntou o Ponto de Interrogação.
– Deveriam me colocar antes da palavra “quando” – respondeu a Vírgula.
– Concordo! – disse o Ponto de Exclamação. – O certo seria: “Os sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português, quando estourou a discussão”.
– Viram como eu sou importante? – disse a Vírgula.
– E eu também – comentou o Travessão. – Eu logo apareci para o leitor saber que você estava falando.
– E nós? – protestaram as Aspas. – Somos tão importantes quanto vocês. Tanto que, para chamar a atenção, já nos puseram duas vezes neste diálogo.
– O mesmo digo eu – comentou o Dois Pontos. – Apareço sempre antes das Aspas e do Travessão.
– Estamos todos a serviço da boa escrita! – disse o Ponto de Exclamação. – Nossa missão é dar clareza aos textos. Se não nos colocarem corretamente, vira uma confusão
como agora!
– Às vezes podemos alterar todo o sentido de uma frase – disseram as Reticências. – Ou dar margem para outras interpretações...
– É verdade – disse o Ponto. – Uma pontuação errada muda tudo.
– Se eu aparecer depois da frase “a guerra começou” – disse o Ponto de Interrogação – é apenas uma pergunta, certo?
– Mas se eu aparecer no seu lugar – disse o Ponto de Exclamação – é uma certeza: “A guerra começou!”
– Olha nós aí de novo – disseram as Aspas.
– Pois eu estou presente desde o comecinho – disse o Travessão.
– Tem hora em que, para evitar conflitos, não basta um Ponto, nem uma Vírgula, é preciso os dois – disse o Ponto e Vírgula. – E aí entro eu.
– O melhor mesmo é nos chamarem para trazer paz – disse a Vírgula.
– Então, que nos usem direito! – disse o Ponto Final. E pôs fim à discussão.
Conto de João Anzanello Carrascoza, ilustrado por Biry
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